12 de janeiro de 2010
O QUE INTERESSA. Alcançado um acordo entre Governo e sindicatos dos professores, chegou a hora de a discussão se centrar «em redor do ensino», «da escola», e «da educação», diz o Francisco, segundo ele o «que realmente interessa». Acrescenta ainda: «É o mínimo que se pede depois de um ano de acusações, de computadores Magalhães e de ressentimento.» Ora, há quantos anos se anda a pedir que se discuta o que realmente interessa? Que me lembre, desde sempre, e sempre o que realmente interessa foi preterido pela questão dos professores, pelo estatuto dos professores, pela avaliação dos professores, pelos estados de alma dos professores. Estarei a ver mal, mas não vislumbro nada de substancial que o acordo agora alcançado tenha mudado (o secretário-geral da Fenprof diz que estamos perante o mais importante acordo alcançado pelos professores nos últimos 20 anos, o que não deve ser bom sinal). A próxima etapa há-de ser os professores — a avaliação dos professores, o estatuto dos professores, a carreira dos professores, o costume. Não é um palpite. É a ordem natural das coisas.