23 de fevereiro de 2010

NOBRE, MAS POUCO. Como cidadão e médico, Fernando Nobre tem um percurso notável. Já como político, tudo o que dele se sabe é que participou numa convenção do PSD, integrou a comissão política da candidatura de Soares à Presidência da República, foi mandatário nacional do Bloco nas eleições europeias, e membro da Comissão de Honra do candidato social-democrata à Câmara de Cascais. Resumindo, não tem currículo político, e eu não acredito que a ausência de currículo político seja, como alguns dizem, uma mais-valia. Dizem as más-línguas que a candidatura do presidente da AMI terá sido «estimulada» por Mário Soares, que verá nela uma pequena vingança sobre o ex-companheiro Alegre, que há quatro anos lhe impôs uma derrota humilhante. Embora Soares já tenha dito que votará no candidato que o PS designar, poderá ser. Uma coisa, porém, convém recordar: Fernando Nobre acha que os membros do Hamas que lançam rockets contra Israel não são terroristas mas «resistentes» (ver aqui), facto que ainda não vi mencionado nas biografias que por aí se têm publicado. Um pequeno detalhe, bem sei, mas um pequeno detalhe que é todo um programa.