15 de fevereiro de 2010
VENTOS DE MUDANÇA. Mantenho o que disse sobre o que se tem dito do primeiro-ministro acerca das escutas e doutras trapalhadas (continuo a discordar dos pressupostos em que assentaram a generalidade das críticas), mas não há dúvida de que começam a ser demasiados os casos em que o nome do primeiro-ministro aparece envolvido. Como dizia o Francisco num programa de televisão, cada vez que se arrasta uma cómoda (não me lembro se foi exactamente assim que ele disse, mas o sentido era este), lá está o primeiro-ministro. Não há, até ver, matéria criminal, mas o mesmo já não se pode dizer quanto a matéria política, que chega e sobeja. Não será por acaso que nos últimos dias surgiram dois candidatos à liderança do PSD depois de tantos meses em que Passos Coelho não teve concorrência. Cheira a poder no PSD, não há dúvida que cheira, pois é cada vez mais improvável que o PS reforce a votação caso haja eleições antecipadas, e nem me admiraria que as perdesse.