5 de março de 2010
O ÓBVIO ULULANTE. «Há sinais evidentes [de] que o poder judicial está a funcionar segundo uma agenda política mais ou menos oculta», diz o bastonário dos Advogados. Segundo Marinho Pinho, «basta ver o discurso público de alguns magistrados para ver que eles têm uma agenda política». Mais: o bastonário acusou o poder judicial de estar «empenhado em derrubar o primeiro-ministro». De facto, nota-se bastante. Nota-se que alguns defendem o primeiro-ministro para além do razoável, e nota-se que outros o querem liquidar a qualquer preço. Ambos por razões políticas, e não, como seria de esperar, por haver, ou não, matéria criminal. Não terá sido por acaso que Cândida Almeida propôs que os magistrados possam ser escutados como qualquer outro cidadão, a pretexto de que o combate à violação do segredo de justiça seria, assim, mais eficaz. É que os magistrados também são suspeitos de violação do segredo de justiça, para não dizer os principais suspeitos, obviamente em nome da tal agenda política.