22 de abril de 2010

AINDA A MAQUINAÇÃO. Não é novidade para ninguém que a Igreja Católica costuma «premiar» os padres «que se portam mal» transferindo-os para outras paróquias, de preferência no quinto dos infernos (salvo seja). Incomoda-me, por isso, a indignação que por aí vai por alguns acusarem a Igreja Católica de ter escondido — e continuar a esconder — as misérias caseiras, no caso a pedofilia, como se a pedofilia fosse uma maquinação e não um facto indesmentível. Negar os factos contra todas as evidências, confundir alhos com bugalhos, invocar o que de bom a Igreja Católica deu à humanidade, dizer que se estão a utilizar casos isolados para generalizar ou que se pretende atingir o Papa a qualquer preço, não é sério nem inteligente, e atrapalha em vez de ajudar. Quanto mais se pretende fazer crer que há uma campanha contra a Igreja Católica porque meia dúzia de sujeitos andam para aí a dizer umas palermices, mais possibilidades terá ela de vir a existir. A fuga para a frente não é, no caso da pedofilia, o melhor caminho, como a presente discussão bem o demonstra.