30 de abril de 2010
INÊS, OUTRA VEZ. Se bem entendi, Inês de Medeiros fez um favor ao país ao candidatar-se a deputada, e o país não foi suficientemente grato ao elegê-la. É isto o que se depreende do que disse o líder parlamentar do PS, que hoje deu à estampa, no Público, um texto de «solidariedade» para com a colega. Há, contudo, um pequeno senão: Francisco Assis escreveu que o Parlamento não «concedeu qualquer tratamento excepcional» a Inês de Medeiros, mas os factos indicam precisamente o contrário. Que se saiba, havia uma lacuna legal, obrigando o presidente da AR a pedir um parecer jurídico e a decidir com base nele. Houve, portanto, tratamento de excepção, e o tratamento de excepção beneficiou a deputada. Por razões inatacáveis do ponto de vista formal, tudo indica, mas difíceis de digerir no plano dos princípios.