3 de agosto de 2010

UM ENIGMA. O que quererá o PGR dizer quando diz nunca ter visto, «na [sua] longa vida de magistrado», um despacho igual ao caso Freeport? Quererá dizer que houve pressões governamentais que provocaram o seu desfecho? Quererá dizer que os titulares do processo foram incompetentes? Quererá dizer as duas coisas? Já ouvi que o PGR anunciou um inquérito destinado ao «integral esclarecimento de todas as questões de índole processual ou deontológica» que o arquivamento do caso possa suscitar. Acontece que os inquéritos mandados abrir pelo procurador acabam em nada, e são tantos os exemplos que se torna legítimo suspeitar que os inquéritos apenas servem para calar os mais exaltados e pôr uma pedra sobre o assunto.