19 de novembro de 2010

SÓ PARA CHATEAR. A aversão que alguns sentem pelas maquinetas de leitura digital — os chamados e-books — faz-me lembrar a renitência que eu tinha em usar um processador de texto, que terminou no dia em que percebi as suas vantagens. Como expliquei vezes sem conta, prefiro o papel às maquinetas, mas ainda agora descarreguei para o e-book três contos de Alejo Carpentier que não encontro impressos em lado nenhum. Por razões que também já expliquei, nunca vi o e-book como substituto do livro em papel, mas como um complemento, porque o e-book não se destina, apenas, à leitura de livros, embora raramente se mencionam as outras funções. Também já disse que os livros em papel subsistirão enquanto os leitores assim o desejarem, e a aversão que alguns têm aos e-books é já um garante. Confesso, sobre isto, que me rala mais as árvores que se abatem para que com elas se façam livros que não valem o papel em que são impressos. (Isto a propósito de um post do Francisco e de uma crónica de Jorge Marmelo.)