SOBRE OS ACTIVISTAS, PACIFISTAS, ALTERMUNDISTAS, OU LÁ COMO SE CHAMAM. «
Basta ver essa gente na televisão. A alarvidade repugnante com que se apresenta, a vociferação enraivecida e vomitada em sucessivas golfadas de ódio, as notas características de certas marginalidades vadias e imprestáveis, dos penteados e das farrapadas exóticas às tatuagens e aos piercings de uma indescritível piolheira, tudo se mistura nesses bandos que surgem no seu folclore radical, de punho erguido a apregoar a ferocidade própria e a invectivar o mundo. É uma gente que não está a favor de nada, porque está apostada contra tudo e contra todos, e afinal se justifica apenas por essa recusa. Eles não são pacifistas nem são nada, a não ser uma tropa fandanga de desordeiros fundamentalistas. Não têm mais nada que fazer e podem dar-se ao luxo de viajar de avião, de andar de país em país, e de percorrer longas distâncias no seu nomadismo organizado, financiado e escandido a propósito das cimeiras internacionais.»