29 de dezembro de 2010
DEBATES PRESIDENCIAIS. O debate entre Cavaco e Alegre foi, até agora, o único que vi, e provavelmente não verei mais nenhum. Como aqui já escrevi, nunca as eleições presidenciais me interessaram tão pouco, e nem uma hipotética segunda volta me levará à mesa de voto. Dito isto, surpreendeu-me o tom do debate, em que eu esperava um Cavaco à defesa, mais contido, e um Alegre ao ataque, mais expansivo. Como se viu, foi o contrário. Já o resto não surpreendeu. Cavaco foi mais contundente, mais sereno, mais convincente. Ao contrário, Alegre esteve inquieto, inseguro, e não soube explorar as fraquezas do adversário (as alegadas escutas de São Bento a Belém e o caso BPN, por exemplo). Nenhum deles contará com o meu voto, mas ficou claro que Cavaco é o único candidato credível.