25 de março de 2011
QUEIROZ VOLTA A ATACAR. Carlos Queiroz não desiste de convencer os portugueses de que foi afastado do cargo de seleccionador da bola por, imaginem, razões políticas. E não de um político — ou políticos — qualquer: segundo ele, houve mão de Sócrates, primeiro-ministro, e Silva Pereira, número dois do Governo. O génio incompreendido, que hoje mesmo protagonizou uma cena digna da pior telenovela brasileira (para usar as suas próprias palavras) quando procurava apoucar um jogador que o criticou, não há meio de perceber que a sua saída da selecção foi um alívio para todos — um alívio para os jogadores, um alívio para a equipa técnica, um alívio para os dirigentes, um alívio para os adeptos. Independentemente das razões de queixa que possa ter sobre a forma como foi despedido (não vejo quais, mas enfim), já devia ter percebido que o seu afastamento da selecção foi um alívio para toda a gente, e que ninguém quer saber das razões que diz ter.