18 de abril de 2011
NOBRE, MAS POUCO. Um homem que promete renunciar «imediatamente ao cargo» de deputado caso não seja eleito presidente da Assembleia da República (entrevista ao Expresso) e dois dias depois diz que ajuizará na altura «o lugar mais adequado» caso isso suceda (entrevista à RTP) não pode, evidentemente, ser levado a sério, embora a promessa feita há um mês de jamais aceitar um cargo partidário e de num curto espaço de tempo ter apoiado o Bloco e o PS ilustrem bem a massa de que é feito. Fernando Nobre ainda não entrou na política a sério, e já tem o que nela há de pior. Bem pode o PSD dizer que houve «unanimidade» na constituição das listas que não esconde o óbvio: o convite a Fernando Nobre foi um erro, e um duplo erro nos termos em que foi feito.