8 de abril de 2011
O PRÓXIMO PROBLEMA. Parafraseando o outro da bola, quem chega a secretário-geral do PSD arrisca-se a ser primeiro-ministro. Passos Coelho arrisca, portanto, formar governo após as eleições de Junho, embora as sondagens apontem uma espantosa proximidade entre PS e PSD, e os adversários internos, muitos e bons, tudo farão para o impedir. Apesar de Sócrates, a quem as mesmas sondagens dão uma votação impressionante (e que poderá melhorar após o confronto directo com o líder do PSD), é o cenário mais plausível. Infelizmente, o líder do PSD tem vindo a demonstrar não saber o que quer, que ora quer o que ainda ontem jurava não querer — e a situação do país requer que se saiba o que fazer e determinação para o fazer. Obviamente que só o tempo dirá se Passos Coelho é o homem certo no lugar certo na altura certa, mas nunca as minhas expectativas foram tão baixas.