12 de julho de 2011
THE TAO OF TRAVEL. Pawl Bowles escreveu em The Challenge to Identity o seguinte sobre os livros de viagens: «What is a travel book? For me it is the story of what happened to one person in a particular place, and nothing more than that; it does not contain hotel and highway information, lists of useful phrases, statistics, or hints as to what kind of clothing is to be needed by the intending visitor.» Os escritores de viagens, que nos últimos anos se multiplicaram como cogumelos, deviam pensar nisto antes de escreverem livros que não se distinguem de meros guias da especialidade ou da enciclopédia, com a vantagem de estas obras de referência serem mais fiáveis no que aos factos respeitam. Um conselho, já agora, de Paul Theroux, provavelmente o maior escritor de viagens no activo: «Choose your country [to travel], use guidebooks to identify the areas most frequented by foreigners — and then go in the opposite direction.» O conselho vem no seu título mais recente, The Tao of Travel, um livro a fazer lembrar uma bíblia num primeiro olhar e um Moleskine após um olhar mais demorado — e graças ao qual engrossei a minha lista de compras com mais meia dúzia de títulos.