9 de novembro de 2011
SEGUREM-SE. A ser verdade o que se diz, António José Seguro promete uma abstenção «violenta mas construtiva» na votação do Orçamento de Estado. Digo a ser verdade porque a expressão é inacreditável, e não é fácil de recordar sem sorrir. Infelizmente, o sorriso evapora-se mal se cai na realidade. E a realidade diz que o actual líder do PS será, um dia, primeiro-ministro, a não ser que surjam percalços de maior. A abstenção «violenta» podia, apenas, ser uma frase infeliz. Desgraçadamente, não foi. A frase espelha bem o líder do principal partido da oposição, e de certa maneira os políticos que temos. Os políticos que temos e, se calhar, que merecemos.