13 de julho de 2012

GREVE É SÓ PARA QUEM PODE. Independentemente das razões que possam ter e da legitimidade que lhes assiste, não deixa de ser irónico constatar-se que as últimas greves sectoriais (pilotos, médicos) foram feitas por classes privilegiadas, pelos que melhor estão instalados na vida, por quem tem, afinal, menos razões de queixa. Os que pior estão nem voz têm para protestar, têm escassas — ou nulas — hipóteses de fazer greve, e se a fizerem arriscam-se a ficar ainda pior. Se a ideia é defender a generalidade dos trabalhadores, sobretudo os que mais precisam, as centrais sindicais deviam meditar nisto.