1 de fevereiro de 2013

AGUENTEM, PARTE DOIS. O famoso «Ai aguenta, aguenta» proferido por Fernando Ulrich há três meses, pretendendo dizer que os portugueses ainda aguentariam mais austeridade, foi, segundo o próprio, descontextualizado. Resolveu, por isso, explicar melhor o que então quiz dizer. E o que disse ele agora para esclarecer os mal-intencionados? Comparou a situação dos portugueses aos sem-abrigo. Se os sem-abrigo aguentam a austeridade, diz ele, por que razão não haveremos nós de aguentar? Ficamos, portanto, esclarecidíssimos acerca do «aguenta». Só não percebemos por que razão o Governo resolveu emprestar 1.500 milhões ao banco a que preside quando podia ter dito «aguenta». Empréstimo, já agora, sem o qual o BPI não teria alcançado os 249 milhões de lucro que anuncia, que naturalmente serão repartidos pelos seus accionistas e de que o Governo, que administra o nosso dinheiro, não verá um centavo.