15 de maio de 2013

DÉJÀ VUE. Conheço Carlos Abreu Amorim da blogosfera, onde publicou variadíssimos textos com os quais quase sempre estive de acordo. (O comentário político na TV que veio a seguir à blogosfera praticamente não vi.) Foi, por isso, sem surpresa que o vi candidato a deputado, e ser eleito. A surpresa viria depois. Como chegou ele tão rapidamente a vice-presidente da bancada parlamentar social-democrata? Não tendo, que me conste, qualquer experiência partidária antes de ser deputado, a que se deveu o milagre? Vejo-o agora, na condição de candidato à Câmara de Gaia, pedir o afastamento do ministro das Finanças, porque «o tempo político de Vítor Gaspar terminou», e «o país precisa de uma nova etapa». Independência de espírito de Abreu Amorim? Honestamente, duvido. O candidato à Câmara de Gaia já percebeu que é preciso descolar rapidamente do «patinho feio» do Governo de Passos Coelho para agradar aos potenciais eleitores, e em nome disso vale tudo e o seu contrário. Como alguém já escreveu, Abreu Amorim é novo na política, mas aprendeu depressa o pior que ela tem.