17 de julho de 2013
POLITIQUICES. Se o PS aceitar o «compromisso de salvação nacional», como deseja o Presidente da República, no final da legislatura (ou antes, no caso de o Governo não chegar até lá) será, como o PSD e o CDS, co-responsável pelo fracasso da governação. Se não aceitar, será, obviamente, acusado de apenas se ralar com o umbigo, de não quer saber do país, e com um pouco de esforço ainda acabará como o primeiro responsável pelo estado a que isto chegou. É isto, no fundo, que resultará do «compromisso» proposto pelo Presidente, em que o PS será preso por ter cão, e preso por não ter. Mas há pior: não se vislumbra o que o país possa ganhar com um eventual negócio do Governo com o PS. Servirá, quando muito, para calar o PS durante algum tempo, e correr com o líder logo a seguir. Se apear Seguro talvez seja benéfico para o país, o silêncio dos cemitérios só aos mortos interessa.