2 de julho de 2013

UMA COISA EM FORMA DE ASSIM. Como diria António-Pedro Vasconcelos, a escolha de Maria Luís Albuquerque para render Vítor Gaspar nas Finanças foi um erro de casting. Primeiro, porque há dúvidas sobre o comportamento da nova ministra no caso dos «swaps», que naturalmente a fragilizam, e por arrasto o Governo de que faz parte. Depois, porque a escolha de Passos Coelho não terá agradado a Paulo Portas, e o resultado é conhecido. Perante isto, só faltava o primeiro-ministro vir comunicar ao país não ter aceite a demissão de Portas e implorar o seu regresso (como se fosse possível — e desejável — o regresso de Portas depois do que se passou), uma coisa absolutamente inacreditável. Está visto que mais dia menos dia o poder vai inteirinho para António José Seguro, de que ninguém sabe o que quer e o que pensa, e que também já mostrou propensão para a asneira.