18 de outubro de 2013
MÁRIO SOARES, O INIMPUTÁVEL. Ao contrário do que Fernando Dacosta sugere, Mário Soares tornou-se, há muito, inimputável. Diga o que disser, só os admiradores indefectíveis e os detractores idem dão importância ao que Soares diz, até porque as consequências do que tem vindo a dizer nos últimos anos têm sido zero. A entrevista «escacha pessegueiro» de Soares ao DN e à TSF, como Dacosta a descreve, esteve longe de ter, como gostaria o articulista, «efeitos de furacão num país amodorrado». Com o devido respeito, as declarações do ex-presidente da República há muito que passaram a ser vistas «com o devido desconto», e tirando Dacosta e meia dúzia de entusiastas ninguém se lembra do que Soares disse em tão importante entrevista — e sobre o «furacão» não se ouviu a mais leve brisa. Não digo isto com prazer ou desprazer: limito-me a constatar uma evidência.