29 de novembro de 2013
POR ONDE ANDARÁ O LÍDER DA OPOSIÇÃO? Revejo-me em quase todas as críticas a Passos Coelho, vindas de dentro (as mais substantivas) e de fora do PSD. Mas se amanhã houvesse eleições legislativas, não votaria em Seguro. (Ao contrário do que a lógica sugere, não voto no partido A ou no partido B, mas em quem me parecer melhor candidato a primeiro-ministro.) Se bem me lembro, o secretário-geral do PS exigiu, indignado, a demissão da actual ministra das Finanças, e depois, ainda mais indignado, a demissão do ministro dos Negócios Estrangeiros — indignações que duraram dois dias e acabaram da forma que se sabe. Quer num caso, quer noutro, ao terceiro dia o líder do PS já estava noutra, e as demissões até ali reclamadas como imperativo nacional deixaram de justificar-se sem que se vislumbrasse um único motivo que o fizesse mudar de ideias. Verdade que nos últimos dias o líder do PS tem somado alguns pontos a seu favor. Por exemplo, o que pensará ele das manifestações dos polícias? E da invasão dos ministérios? E dos «empurrões» da polícia ao sr. Arménio e a dois deputados? A avaliar pela ausência de notícias, ninguém sabe. Seguro não tem aberto a boca sobre estas e outras matérias, o que sempre o poupa a embaraços. Será pouco, mas é já um começo.