4 de dezembro de 2013
COISAS INADMISSÍVEIS. É, de facto, inconcebível uma greve dos juízes, como diz o bastonário dos Advogados, por mais que nenhuma lei o impeça, e por mais que discorde de Marinho Pinto em variadíssimas matérias. Como me parecem inconcebíveis greves das forças policiais (PSP, GNR, PJ) ou das Forças Armadas, e inadmissíveis manifestações — de que a última, de várias forças policiais, terminou da forma que se sabe. Há sectores da sociedade que pura e simplesmente deveriam ser impedidos de ter sindicatos, de fazer greve e/ou se manifestarem. Dir-me-ão que juízes e polícias são cidadãos como os outros, com direitos e deveres como os outros. Segundo a lei, assim é. Na prática, espera-se de juízes e polícias que estejam à altura das funções que desempenham, e convenhamos que fazer greve ou manifestações são actividades que não se compadecem com as funções que desempenham. Podem, profissionalmente, ganhar alguma coisa com isso, mas perdem o respeito dos cidadãos — e abrem a porta a práticas ainda mais graves.