A AUTOCRÍTICA NUNCA FEZ MAL A NINGUÉM. «
Sejamos claros: o [segredo de justiça] é violado sempre, e em primeira instância, por juízes, procuradores, polícias e demais trabalhadores do edifício judicial. O mau jornalismo, que o há - é evidente -, aparece sempre a jusante deste rio de criminalidade. É justo que a comunicação social também venha a estar sob a mira de uma atuação que defenda o triângulo que Joana Marques Vidal, a PGR, delimita entre "a liberdade de expressão, o respeito do direito à privacidade dos cidadãos e os interesses da investigação". É justo! - sobretudo porque alguns jornalistas, no seu afã de serem mais comprometidos com os interesses e as agendas das "fontes" do que com os interesses dos leitores e os regulamentos e códigos deontológicos que regem a profissão, se deixam instrumentalizar como peões do cometimento das infrações à lei. Alguns, apenas. Porque outros o fazem, e só um cego não o vê, de forma militante até ao serviço do interesse comercial das suas empresas.» João Marcelino, DN