24 de janeiro de 2014
INOVAR A IGNORÂNCIA. Alguém devia explicar ao secretário de Estado da Inovação, Investimento e Competitividade, se preciso for com um desenho, que a saída para o estrangeiro de portugueses qualificados significa que esses portugueses jamais voltarão. Quando muito voltarão para apanhar sol e banhos de mar, matar saudades da comidinha, rever a família e os amigos — e adeusinho até à próxima. Um governante que considera que a saída para o estrangeiro de pessoas com elevada formação académica «traz coisas boas para Portugal» (poderão, segundo ele, «regressar ainda mais qualificadas e experientes»), ou está a gozar connosco, ou não sabe o que anda a fazer. Convinha, portanto, libertá-lo da tarefa de que a pátria o incumbiu, que inovadores destes já temos que chegue.