24 de junho de 2014
SOMOS OS MAIORES, NÃO ÉRAMOS? Não será preciso lembrar que os que ainda ontem colocavam a selecção nos píncaros são os mesmos que agora, conhecida a hecatombe frente à Alemanha e o medíocre desempenho frente aos EUA, a crucificam sem dó, nem piedade. Mas também é preciso lembrar outra evidência: as expectativas à volta da selecção foram criadas, essencialmente, pelos media, sobretudo pelas televisões. Na ânsia de audiências, fizeram directos a toda a hora para ouvir os palpites dos transeuntes e dos vendedores de pirolitos, foram subindo a fasquia de dia para dia até atingir níveis impensáveis, e quando um ou outro desmancha-prazeres aconselhou prudência e caldos de galinha, fizeram ouvidos de mercador. Se tudo corresse bem, nada haveria a dizer. Como correu mal, começou a caça aos culpados, reais e inventados, que o assunto também rende. De uma coisa, porém, podem estar certos: os media sairão isentos de culpas, pois se alguém lhas apontar, dirão que se limitaram a fazer o que deviam. É por estas e por outras que assino por baixo o que disse Estrela Serrano.