9 de julho de 2014

SOPHIA E O ACORDÊS. Li com atenção, que me lembre pela primeira vez, um texto que Sophia de Mello Breyner Andresen escreveu para o Expresso, oportunamente republicado por aquele jornal a propósito da transferência dos restos mortais da poetisa para o Panteão, e que termina de forma que vale a pena recordar: «A cultura é cara. A incultura acaba sempre por sair mais cara. E a demagogia custa sempre caríssimo.» Lido o texto, constato que a prosa foi convertida para o novo Acordo Ortográfico, na minha opinião abusivamente, e sem que alguém explicasse porquê. Duvido que Sophia concordasse com a «actualização» da grafia caso estivesse entre nós. Infelizmente, não vi quem se indignasse. A começar pelos que lhe estão mais próximos.