COLHEITA DAS VINDIMAS.
Além de meia dúzia de garrafas de origem certificada e proveniência segura, e da gastronomia capaz de ressuscitar um moribundo, nos primeiros dias do santíssimo descanso dediquei-me à colheita de Viagem a Itália, de Goethe, Através do Continente Negro (Volumes I e II), de Henry Morton Stanley, O Homem sem Qualidades (Volumes II e III), de Robert Musil, Enviado Especial, de Evelyn Waugh, O Doutor Glas, de Hjalmar Soderberg, As Maçãs Douradas, de Eudora Welty, e Vidas Perdidas, de Nelson Algren — todos encomendados com prudente antecedência, e prudentemente guardados em local seguro. Depois foram A Estrada do Tabaco, de Erskine Caldwell, A História Não Acabou, de Claudio Magris, Arquivos do Norte, de Marguerite Yourcenar, Novelas e Textos Para Nada, de Samuel Beckett, O Caminho de San Giovanni, de Italo Calvino, Portugal, Ensaios de História e de Política, de Vasco Pulido Valente, A Travessia, de Cormac McCarthy, Arte de Amar, de Ovídio, Sonhos de Bunker Hill, de John Fante, O Mundo de Ontem, de Stefan Zweig, Sapho, de Alphonse Daudet, A Consciência de Zeno, de Ítalo Svevo, O Ente Querido, de Evelyn Waugh, A Divina Comédia, de Dante (oferta do meu sobrinho), Confissões de Uma Liberal, de Maria Filomena Mónica (que comprei sem saber que já tinha), e Pan, de Knut Hamsun (que voltei a comprar pelo mesmo motivo). O pior é o espaço para os acomodar, cada vez mais escasso. Já faltou mais para começar a pô-los debaixo da cama.