14 de novembro de 2014
TAXAS E TAXINHAS. Definitivamente que a eleição de António Costa para a liderança do PS deixou muita gente nervosa, alguns mesmo de cabeça perdida. Taxar os turistas que chegam a Lisboa em um euro por dia (o total não ultrapassará sete euros por sete ou mais dias) fará com que eles, turistas, deixem de viajar para a capital? Só os politiqueiros «acreditam» que isso possa suceder. Como, pelos vistos, Paulo Portas, para quem a taxa matará a galinha dos ovos d’ouro, e o ministro Pires de Lima, que no parlamento protagonizou uma palhaçada inacreditável. (O ex-ministro Manuel Pinho foi demitido — e bem — por idêntica gracinha, lembram-se?) Devo dizer que António Costa não me entusiasma, como não me entusiasma a generalidade dos políticos, embora ninguém ignora que António Costa é, de longe, melhor que o seu antecessor, que me lembre o pior líder que o PS já teve. Talvez isso justifique a tosca ofensiva da coligação, com meia dúzia de governantes à cabeça, que deviam ocupar-se doutros assuntos em vez de atacar adversários com argumentos estúpidos.