4 de junho de 2015
A LÓGICA QUE ME ESCAPA. Nem tudo o que reluz é ouro, como nem tudo é verdade o que se diz nos jornais, sobretudo desportivos, especialmente nesta altura do ano. Mas há meses que os jornais vêm dizendo que o Benfica e Jorge Jesus negociavam um novo contrato, que passava pelo Benfica baixar o salário ao treinador, e não vi quem o desmentisse. Ora, tendo em conta os resultados de Jorge Jesus à frente do Benfica, é normal assegurar a sua continuidade baixando-lhe o salário? A lógica aponta para o contrário, e o contrário seria manter-lhe — ou melhorar-lhe — o contrato, por melhor que ele já fosse. Caberá na cabeça de alguém que uma empresa que vê os seus lucros aumentarem substancialmente graças ao desempenho de um gestor (ou em grande parte graças a ele) «premiá-lo» baixando-lhe o salário? Confesso que não percebo. Como não percebo que a direcção «encarnada» se tenha apressado a apagar Jorge Jesus da foto do bicampeonato mal se confirmou a transferência de Jesus para o rival de Lisboa, um gesto próprio de quem não tem memória, nem princípios.