13 de agosto de 2015
PRESIDENCIAIS AMERICANAS (3). Tal como em 2008, quando disputou com Obama a nomeação do Partido Democrático, Hillary Clinton volta a explorar a sua condição de mulher. Desta vez porque o candidato Donald Trump cuspiu umas baboseiras sobre as mulheres, que dizem mais dele que das mulheres. Há uma guerra do Partido Republicano contra as mulheres? Hillary diz que há. E quem acredita? Como é óbvio, nem ela. Mas crê que isso lhe dará votos, nomeadamente do eleitorado feminino, na minha opinião um erro. Seguramente que haverá quem vote nela por ser mulher. Mas não duvido que haverá quem não vote pela mesmíssima razão. Assim sendo, quem pesa mais? Que eu saiba, não há estudos que indiquem esta ou aquela tendência. Que os machos tendem a votar nos machos, e que as fêmeas tendem a votar nas fêmeas. Parece-me, por isso, pouco sério o argumento da guerra contra as mulheres, e de duvidosa eficácia. Como alguém que pensa pela sua própria cabeça (gabo-me de pertencer ao clube, para o bem, e para o mal), quando chegar a hora votarei, como sempre, no candidato que me parecer melhor — ou no que me parecer menos mau, no caso de nenhum deles me entusiasmar. Sempre foi assim, sempre assim será.