1 de fevereiro de 2016
PARA SEMPRE. Graças a um ficheiro onde registo estas coisas, de Vergílio Ferreira li os cinco primeiros volumes de Conta-Corrente. Fora isso, há anos que repousam nas estantes Pensar, Estrela Polar, Nítido Nulo, Em Nome da Terra, Manhã Submersa, Aparição, Para Sempre, e Até ao Fim. Quase todos começados, alguns bastante adiantados, mas nenhum concluído. Como leio vários ao mesmo tempo, são incontáveis os livros em lista de espera, alguns talvez para sempre. Agora, que se anuncia a reedição da obra completa, a propósito do centenário do seu nascimento, já sei que não vou resistir a algumas que se anunciam em e-book — desde logo os restantes quatro volumes de Conta-Corrente, toda a obra ensaística, provavelmente um ou outro livro que já tenho em papel mas que, por razões práticas, prefiro em e-book. Logo a seguir a Fernando Pessoa, Eça de Queirós e Cardoso Pires, Vergílio Ferreira foi dos escritores portugueses que mais me marcou, apesar de só ter lido, repito, metade dos diários. É com satisfação que leio o que sobre ele se anuncia para este ano, tanto mais que, duas décadas após a sua morte, me parece injustamente esquecido.