6 de julho de 2022
SUICÍDIO EM DIRECTO. Assisti ao patético pedido de desculpas do ministro Pedro Nuno Santos, aparentemente por ter feito o que não devia. Quando seria de esperar que anunciasse que tinha apresentado a demissão ao primeiro-ministro e o primeiro-ministro tivesse aceitado, até porque António Costa o terá colocado entre a saída pelo próprio pé e a demissão pura e simples, o ministro das Infraestruturas desfez-se em desculpas e não se demitiu. Apontado como provável sucessor de Costa, dificilmente Nuno Santos faria pior pelo seu futuro político. Como também era difícil ao primeiro-ministro fazer pior aceitando manter o ministro. É possível que a história esteja mal contada, que as coisas não sejam o que parecem — embora, como dizia o outro, em política o que parece é. E o que parece nem com antiácidos se digere.