19 de fevereiro de 2003
"Com a queda do Muro de Berlim e o fim da experiência soviética, o socialismo como o mito e a esquerda que dele vivia tornou-se um envelope vazio. Pior do que isso, o seu conteúdo, agora sem emprego histórico concreto, foi integrado, na medida do possível, na mitologia do capitalismo, única prática universal da humanidade, como patologia dela ou versão de sonhos que só o capitalismo concebe e alcança." Quem assim fala é Eduardo Lourenço, num texto inicialmente publicado na última "Finisterra" e ontem reproduzido pelo "Público". E, se ele o diz, quem sou eu para duvidar?