6 de fevereiro de 2003
"O documento, assinado sob forma de carta, publicado nas páginas da imprensa europeia (...) por chefes de Estado e de Governo de oito países europeus e apoiado em seguida por mais três foi o gesto de maior sanidade, clareza e coragem política que se deu no seio da Europa nos últimos tempos", diz o deputado Pacheco Pereira. E acrescenta: "Quem assegura a defesa estratégica da Europa? Em 1947, no início da guerra fria, os EUA. No início da década de 60, com as crises de Cuba e Berlim, os EUA. Em 1989, no momento da queda do muro e do fim do sistema comunista, os EUA. Em 2003, os EUA. Esta é uma verdade incontestável: são as forças armadas dos EUA, os seus homens, os seus satélites, os seus aviões, as suas bombas, incluindo as suas bombas nucleares, que há mais de 50 anos defendem a Europa. Existe algum plano conhecido, algum esforço orçamentado, alguma medida em curso, alguma investigação desenvolvida ou a desenvolver, algum programa de armamento, modernização das forças armadas, algum vislumbre de alguma coisa na Europa que aponte para o fim desta situação?" A ler com atenção a crónica de hoje no "Público".