4 de fevereiro de 2003
O senhor Vital Moreira, que em tempos escreveu uma crónica no "Público" onde manifestou a sua revolta contra um massacre que nunca existiu (o de Jenin, lembram-se?) e depois nunca teve a ombridade de admitir o erro (percebe-se porquê, senhor Vital Moreira), resolveu recorrer à mentira para suportar os seus pontos de vista acerca da provável intervenção norte-americana no Iraque. Disse ele, na sua última crónica no "Público", que os inspectores da ONU sublinharam, no relatório, "a cooperação das autoridades iraquianas nas tarefas de inspecção", e que o mesmo relatório dos inspectores da ONU "enuncia a lista da destruição de armas desde a guerra do Golfo". Ora, como toda a gente sabe, as coisas não são bem assim. Os inspectores queixaram-se da pouca colaboração das autoridades iraquianas. Ou seja, precisamente do contrário. E, sobre "a lista da destruição de armas desde a guerra do Golfo", não me consta que exista. Mas é bom ler a crónica de Vital Moreira.