12 de setembro de 2003

Ontem assisti a uma cena inacreditável. Uma repórter da RTP, em directo para o «Regiões», fazia os possíveis e os impossíveis para ouvir as partes em conflito não me lembro porquê nem onde, mas que ameaçavam terminar à bordoada. Na ânsia de fazer aquilo que julgou ser o seu trabalho, a repórter procurou ouvir as diferentes posições e, quiçá, demonstrar quem tinha razão e porquê. Só que, como seria previsível, o exercício prestou-se a exaltar ainda mais os ânimos, e a coisa podia ter acabado mal. Felizmente assim não aconteceu (pelo menos à frente das câmaras), e a única vítima foi... o jornalismo. Sim, porque aquilo foi uma exploração pura da gritaria, interessante para as audiências mas de nulidade informativa.