13 de fevereiro de 2004
Há séculos que não via um programa de televisão com tão impressionante quantidade de lugares-comuns como o "Descobrir Portugal". Não exagero muito se disser que já não via coisa assim desde os tempos da RTP a preto-e-branco. Como se já não bastasse, o operador de câmara passa a vida a fazer uns malabarismos perfeitamente despropositados. Ele são planos inclinados; ele são planos de esguelha; ele são planos que não lembra ao diabo. Depois, o realizador (ou lá quem foi) resolveu colocar umas macaquices nas imagens, tapando metade do ecrã sem que se perceba porquê. Para cúmulo, o programa é anunciado como sendo «inovador». Mas inovador em quê? Só se for por ter transformado um documentário que podia ser interessante numa coisa intragável.