28 de junho de 2004
Luiz Felipe Scolari tem levado a água ao seu moinho, ao nosso moinho. Graças aos jogadores que tem às suas ordens e a toda a máquina que o rodeia — mas, também, ao apoio dos portugueses, a quem não se tem cansado de agradecer e de pedir o apoio. Mas Scolari insiste, também, que tudo tem corrido bem graças a Deus e à Senhora de Caravaggio, o que deu azo a comentários jocosos que só não foram mais longe porque as coisas têm corrido bem. Ora, eu não percebo porquê. Mesmo sendo um ateu convicto (ou agnóstico, ainda não me dei ao cuidado de saber qual é a diferença), custa-me que não se respeite as crenças de cada um. Custa-me, sobretudo, que se ignore que a crença pode mover montanhas, como inúmeros exemplos têm demonstrado. Deixem lá o sr. Scolari manifestar o que pensa acerca da fé e praticá-la como bem entender. Além de ser um assunto que merece respeito, só nos pode beneficiar. E quando digo beneficiar quero dizer a todos nós, crentes ou não.