7 de dezembro de 2004
Em vez de ser ele próprio a explicar ao País o que se passa, o Presidente da República insiste em mandar recados. Agora mandou dizer que, ao invés do Parlamento (que vai dissolver), o Governo está «nos seus plenos poderes constitucionais», pois não foi, nem vai ser, demitido. Ou seja, o Governo serve perfeitamente, o Parlamento é que não. Uma vez aqui chegados, presume-se que o Governo de Santana Lopes passou, agora, a ter a legitimidade que lhe faltava há quatro meses, pois ainda não vi quem pusesse em causa a legitimidade do Governo em funções desde que o PR anunciou que vai dissolver o Parlamento.