22 de abril de 2005

Luís Figo era o maior, lembram-se? Mas agora, que estará em final de carreira — e correspondente declínio de forma —, já começa a ser um objecto descartável. Leram bem: um objecto, pois é exactamente como objectos que os profissionais da bola são tratados. Quando são bons e estão no auge da forma, se fosse possível canonizá-los não se hesitaria um segundo. Mas quando não estão em forma ou entram em declínio, os comentários que se fazem são sempre a descer — e escusado será dizer que são feitos pelos mesmos que, ontem, não hesitariam em canonizá-los. Bem sei que, até ver, nada disto sucedeu no caso de Luís Figo. Mas não perde pela demora.