6 de janeiro de 2006

As gaffes de Mário Soares já se tornaram uma instituição. Um discurso ou uma declaração aos media que não contenham pelo menos uma gaffe (ultimamente são duas e três de cada vez) começa a ser uma excepção. Os jornalistas divertem-se com a situação, os admiradores acham que só lhe fica bem, os opositores não se atrevem a abordar o assunto com receio de serem acusados de falta de humor. Ora, imagine-se qualquer outro dos candidatos presidenciais a cometer gaffes. Teriam a mesma complacência de que goza Mário Soares? Evidentemente que não teriam. Mário Soares chegou a um ponto em que tudo se lhe perdoa, ou já ninguém o leva a sério?