7 de fevereiro de 2006

Sempre que se comete um atentado em nome do Islão, logo se diz que foi obra de fundamentalistas. Ora, como estou convencido de que grande parte dos não muçulmanos não distingue o Islão radical do Islão moderado, presumo que se tenda a julgar os segundos iguais aos primeiros. Pior: tende-se a julgá-los a todos como radicais, no mínimo potencialmente perigosos. E porquê? Porque os ditos moderados só se demarcam de atentados e afins se um jornalista lhe meter um microfone à frente a perguntar-lhes o que pensam dessas práticas. Caso assim não seja, ficam calados e caladinhos. Na melhor das hipóteses, não se ouvem as suas vozes. Quer isso dizer que os ditos moderados condenam pela frente o que por trás aprovam? Se não é assim, parece.