22 de março de 2006

Não, não tenho nada de pessoal contra Freitas do Amaral. Nem de pessoal, nem de político, muito menos político-partidário. Mas as notícias que diariamente me chegam da sua actividade como ministro dos Negócios Estrangeiros são de tal modo desconcertantes que não conseguem passar despercebidas, sobretudo quando são trapalhadas que sucedem a trapalhadas. O ainda ministro dos Negócios Estrangeiros decidiu, agora, não despedir quem já tinha despedido, porque hoje concluiu que necessitava de quem ainda ontem não fazia falta. No caso, o conselheiro cultural em Pequim, após ter descoberto que aquele funcionário era o único que falava mandarim e cantonês na Embaixada de Portugal na China. Bem sei que isto passaria facilmente despercebido caso Freitas do Amaral não tivesse um currículo invejável em matéria de trapalhadas. Mas, como tem, a coisa tende a ser vista como mais uma trapalhada — que, na realidade, é. Quantas mais trapalhadas serão necessárias para que Freitas do Amaral se dedique a outra actividade?