19 de abril de 2006

A temática abordada pel’O Código Da Vinci presta-se a controvérsias e êxitos de vendas, mas há sempre alguém disposto a dar uma ajudinha no marketing. Depois de pedir alterações ao filme que aí vem, a pretexto de que o casamento de Jesus e Maria contraria a versão da Igreja Católica e ofende os cristãos, a Opus Day resolveu, agora, pedir que a película seja considerada ficção. E porquê? Confesso que não percebi. Que importância terá o facto de o filme ser considerado ficção ou outra coisa qualquer? Um mistério. O que se percebe é que atitudes destas são claramente contraproducentes, e custa a crer que os inúmeros exemplos conhecidos não tenham servido para nada. Além de que a pouca simpatia que a Opus Day goza fora da Igreja Católica (e não só fora da Igreja Católica) é bem capaz de reforçar o contrário do que pretende. Aliás, não me surpreenderia que os responsáveis pelo filme mandassem imprimir nos cartazes do filme uma frase do género: «O filme que a Opus Day queria censurar». Para o caso de ainda não terem pensado nisso, prescindo, desde já, dos direitos de autor.