25 de maio de 2006
Contrariamente à maioria dos portugueses que se interessam por essas coisas, só ontem pude ver os Prós e Contras sobre o livro de Manuel Maria Carrilho. Os ecos que me foram chegando prometiam, mas devo dizer que o que vi superou as minhas expectativas. Começo por dizer que foi pena que o debate se tivesse centrado no «caso» Carrilho e não naquilo que Carrilho denunciou no livro (agências de comunicação que compram opinião, jornalistas que se vendem, etc.), que valia a pena discutir em profundidade. Quanto ao debate propriamente dito, toda a gente viu que aquilo foi um massacre de Pacheco Pereira e Ricardo Costa a Manuel Maria Carrilho e Emídio Rangel, com Pacheco Pereira a fazer uma análise contundente (aquele comentário à fotografia de Carrilho na capa foi fatal) e Ricardo Costa a disparar farpas certeiras ora contra Carrilho, ora contra Rangel, este último com uma performance confrangedora e a querer dar a ideia de que não havia mau jornalismo no tempo em que ele foi rei e senhor. Fátima Campos Ferreira, com comentários e apartes perfeitamente escusados, não perdeu uma oportunidade para tentar baixar o nível da discussão. Felizmente que os convidados fizeram de conta que não ouviram.