2 de fevereiro de 2007
Causou alguma celeuma o facto de um movimento de cidadãos ter subscrito um documento onde se pedia a libertação do sargento Luís Gomes, argumentando-se que se pretende trazer a Justiça para a rua e que se está a entrar por um caminho perigoso. Ora, não vejo porquê. Antes de mais, como exprimir, então, o famoso direito à indignação? Depois, se a Justiça não é capaz de resistir às pressões de um pacato grupo de cidadãos, é capaz de quê? Parafraseando Churchill a propósito da política, a Justiça é demasiado importante para ser deixada, apenas, nas mãos dos técnicos da Justiça, e não deve estar acima da crítica. Era só o que faltava que os cidadãos não pudessem manifestar-se contra as decisões da Justiça sempre que o entendam, mesmo que isso provoque danos colaterais indesejáveis.