15 de fevereiro de 2007
O Presidente da República resolveu apelar a «soluções de bom senso» na elaboração da nova lei do aborto de molde a «que possam ajudar a unir os portugueses» mas criou — ou ameaça criar — um clima contrário a essa ideia. A pretexto de que não se pode desperdiçar «a possibilidade de estabelecer consensos alargados» numa matéria que «pode ter causado rupturas na sociedade portuguesa», Cavaco acaba de deixou no ar a ameaça de veto, o que não deixa de ser uma ironia por vir precisamente de quem defende que se deve procurar «unir a sociedade portuguesa e não dividi-la ainda mais».