31 de agosto de 2007
«De tempos a tempos, como aquele adepto do FC Porto, o SIS põe a cabecinha de fora e tenta aparecer na fotografia. Faz sempre má figura. Há dias surgiu um relatório sobre o Ecotopia, o acampamento de onde supostamente saiu o grupo que destruiu um hectare de milho transgénico em Silves. Primeira dúvida: o que faz o SIS à volta do Ecotopia? Um grupo de hippies cometeu um crime, certo, mas convenhamos: não estamos propriamente perante aquilo a que a lei chama "sabotagem, terrorismo, espionagem e prática de actos que, pela sua natureza, possam alterar ou destruir o Estado de direito constitucionalmente estabelecido". Segunda dúvida: tendo o SIS andado à volta do Ecotopia, como é que não percebeu o que ia acontecer?
Os nossos espiões reapareceram pouco depois com declarações sobre a eventual presença da ETA em Portugal. E pelo que se lê percebe-se que as únicas informações que têm são conhecidas de toda a gente que compra jornais.
Convém esclarecer, para não haver confusões com os traumatizados de Guantánamo: o problema não é Portugal ter um serviço de informações; o problema é, como salta à vista, não ter.»
30 de agosto de 2007
29 de agosto de 2007
27 de agosto de 2007
24 de agosto de 2007
22 de agosto de 2007
21 de agosto de 2007
20 de agosto de 2007
17 de agosto de 2007
15 de agosto de 2007
«A seita dos saudáveis. É uma agremiação como a dos escuteiros, dos desportistas, das testemunhas de Jeová, dos comunistas até há pouco e assim. Não beber, não fumar, evitar a carne e sobretudo as gorduras, dar preferência aos vegetais, comer pouco e várias vezes ao dia mesmo sem apetite, deitar cedo, fazer exercícios, evitar o sedentarismo, vigiar o peso, a tensão arterial... Sim. Mas para que é que eles querem a vida, se não é para a utilizarem? Lembram os que compram roupa mas guardam-na e não a usam. O seu objectivo na vida não é viverem-ma mas cifrar a felicidade ao simples facto de a terem. São exemplares à vista — magros, direitos, ginasticados. Mas não tiram proveito disso, excepto o de serem saudáveis à custa de muito martírio. Ou seja, o de poderem gozar a vida na sua maior amplitude, que apenas é poder. A seita dos saudáveis. Vejo-os com frequência na TV. Mas tiro-lhes o som e ficam mais enfermiços.» Vergílio Ferreira, em Pensar