21 de fevereiro de 2008

Abílio Fernandes, deputado do PC, pergunta no Público: «porquê a escolha para protagonista corrupto de um personagem que faz de presidente de câmara comunista?» Pergunta ainda o deputado: «será que um filme português para "fazer bilheteira" precisa de surpreender o espectador com uma situação absurda, insólita, ao arrepio da realidade?» Refere-se o ilustre ao filme Call Girl, de António-Pedro Vasconcelos, que terá cometido o «pecado» de que o acusa. Acontece que o sr. deputado, certamente por falta de prática lá no partido a que pertence, esqueceu-se de que o cineasta é livre de defender as posições que muito bem entender, mesmo as posições mais estapafúrdias, convenham ou não ao sr. deputado. Além disso, pretende o cavalheiro dizer que não há, no PC, autarcas corruptos? Se for verdade, dêem-me o cartão de militante que eu inscrevo-me já.